segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ultra Jazz

Moka sabe que seu som é irado.
Miles Daves aparece no jornal,
Um retorno triunfal daquilo que é velho,
Ao estéreo, ao estéril ouvido.

Zunido flamejante no gibi,
Guri do nariz melecado, ao assistir Tom e Jerry
Nem sabe que está ouvindo Jazz,
Mas quem vai contar ao guri, se ninguém sabe ouvir?

Milícias do som, Fusion ao Frissom,
Me sinto um acorde maior ao acordar, e um diminuto ao dormir,
Mas o Jazz é isso ai, entorta os ouvidos e aquece os corações,
Pois então Jazz, que seria para as multidões, não saiu ainda dos porões?

Nas indagações encontro o Jazz, Um take Five pra contar nos dedos,
Cedo já te ouço, Jazz querido, audível solução para os meus problemas,
Saudável audição para os meus fonemas,
O jazz é infinito, bonito, belo e inocente como a flor,
Jorge Ben nem sabia quando fez a canção
Que o Jazz é muito mais que o som do coração.

Marcus Miller é malandragem, sorrateira paisagem,
É como se enxergasse pelos dedos, Desenhando uma viagem,
Soletrando as notas de uma frase, Idolatrando o criador dos sentidos,
O Jazz é a fusão da Terra, Fogo, Água, ar...
Independente de onde estou, te digo Jazz
Que contigo quero estar.

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